Pasado colonial, futuro liberal

Portugal es un país en la costa oeste de la Península Ibérica, pequeño pero con una presencia poderosa. Creado en el siglo XII, tres siglos más tarde ya sus marinos lo habían convertido en potencia mundial. De su imperialismo queda como testimonio la lengua portuguesa hablada aún en las ex colonias. Durante mucho tiempo la historia de Portugal mismo estuvo determinada por sus colonizadores: fue provincia romana bajo el nombre de Lusitania y más tarde parte del Califato de Córdoba. Como reino se estableció en 1143 a partir de lo que fuera el Condado de Portucale.

Passado colonial, futuro liberal

Portugal é um país pequeno, mas poderoso, localizado na costa oeste da Península Ibérica. Fundado no século XII, três séculos depois seus navegantes já o haviam transformado em uma potência mundial. Seu imperialismo é atestado pela língua portuguesa ainda falada em suas antigas ex-colônias. Durante muito tempo, a própria história de Portugal foi determinada por seus colonizadores: era uma província romana com o nome de Lusitânia e, mais tarde, parte do Califado de Córdoba. Como reino, foi estabelecido em 1143 a partir do antigo Condado de Portucale. Nos séculos XIV e XV, o Reino de Portugal se tornou uma das principais potências comerciais e marítimas da Europa, e um dos países mais ricos da Europa graças às receitas provenientes do comércio de produtos indianos para o resto do mundo.

En los siglos XIV y XV, el Reino de Portugal se convirtió en una de las principales potencias comerciales y marítimas europeas, y en uno de los países más ricos de Europa gracias a los ingresos procedentes de comerciar productos de la India en el resto del mundo. Cuando en 1580 la dinastía que regía se extinguió, el reino pasó a ser una provincia de la Corona Española durante ochenta años. Un levantamiento liderado por la nobleza les devolvió la independencia en 1640. 

La ciudad de Lisboa quedó destruida tras el terremoto de 1755, suceso que impactó a toda Europa llegando incluso a influir en el desarrollo de las ideas ilustradas. El acontecimiento se coló también en las páginas de la literatura: el “Cándido” de Voltaire, “El terremoto de Chile” de Heinrich von Kleist. 

Cuando en 1807 las tropas de Napoleón ocuparon Portugal, la familia real huyó a refugiarse en Brasil. El rey regresó solo en 1822 presionado por los nobles. Ese mismo año Brasil declaró su independencia de Portugal.

En 1910 Portugal se convirtió en una república cuya vida política siguió transcurriendo marcada por la inestabilidad. En 1926 hubo un golpe militar y en 1933 el primer ministro António de Oliveira Salazar estableció el “Estado Novo”, una dictadura autoritaria y conservadora que duró cuatro décadas. Recién en 1974 fue derrocado gracias a la Revolución de los Claveles. Allí termina también la guerra de trece años entre Portugal y sus colonias que buscaban la independencia. Aunque la última colonia portuguesa, Macao, recién logró su independencia en 1999.

A este país de más de diez millones de habitantes le ha tomado su tiempo empezar a asumir el significado de su compleja historia colonial. Y eso que la influencia de sus colonias ha dejado una profunda huella en la cultura portuguesa. El fado, por ejemplo, este estilo musical melancólico tan característico, es al parecer una mezcla entre las canciones de los marineros portugueses y los ritmos de los esclavos africanos. También la samba, originada en Brasil del encuentro entre elementos portugueses y africanos, se reimportó y popularizó en Portugal. Pero como sucede con muchas naciones, cada región de Portugal tiene sus propias características culturales distintivas.

El poeta renacentista Luís de Camões ha pasado a la historia mundial de la literatura, y en el siglo XX Portugal brilló en las voces del poeta Fernando Pessoa y el prosista José Saramago (Premio Nobel de Literatura de 1998). Estrellas como Cristiano Ronaldo, Nené, Eusebio y Rui Costa han llevado a Portugal al Olimpo del fútbol. 

Durante mucho tiempo Portugal se caracterizó como un país de migrantes: la diáspora portuguesa se estableció en núcleos en Francia, EEUU, Brasil, Angola, Mozambique, Suiza, Luxemburgo, entre otros países. Fueron los migrantes quienes popularizaron la gastronomía portuguesa alrededor del mundo: el caldo verde, la sopa alentejana, el bacalhau, los pasteles de nata, el vino porto.

Tras el fin de la dictadura, Portugal se empezó a desarrollar como un destino turístico y es hoy uno de los países más visitados del mundo. Los destinos más populares son el Algarve y la región de Lisboa. A pesar de su sociedad relativamente conservadora y católica, este país tradicionalmente progresista se ha desarrollado liberalmente, lo cual se nota en su política en cuanto a las drogas o su legislación que ya desde 2010 permite el matrimonio homosexual. A la cabeza se encuentra Portugal también en lo que concierne a las nuevas energías: más de dos tercios de las necesidades energéticas del país están cubiertos por fuentes de energía renovables. El objetivo es llegar al 2050 como un país sin huella de carbono.

Quando a dinastia governante morreu em 1580, o reino se tornou uma província da Coroa Espanhola por 80 anos. Uma revolta liderada pela nobreza restaurou sua independência em 1640.

A cidade de Lisboa foi parcialmente destruída pelo terremoto de 1755, um evento que causou impacto em toda a Europa e até mesmo influenciou o desenvolvimento das ideias iluministas. O acontecimento também foi parar nas páginas da literatura: "Cândido", de Voltaire, e "O terremoto no Chile", de Heinrich von Kleist. 

Quando as tropas de Napoleão ocuparam Portugal em 1807, a família real fugiu para o Brasil. O rei voltou sozinho em 1822, sob pressão dos nobres. Nesse mesmo ano, o Brasil declarou sua independência de Portugal.

Em 1910, Portugal tornou-se uma república cuja vida política continuou a ser marcada pela instabilidade. Em 1926, houve um golpe militar e, em 1933, o primeiro-ministro António de Oliveira Salazar estabeleceu o "Estado Novo", uma ditadura autoritária e conservadora que durou quatro décadas. Somente em 1974 foi derrubado pela Revolução dos Cravos. Foi também o fim da guerra de treze anos entre Portugal e suas colônias que buscavam a independência. A última colônia portuguesa, Macau, só conquistou sua independência em 1999.

Levou tempo para que esse país de mais de dez milhões de habitantes se reconciliasse com a importância de sua complexa história colonial. No entanto, a influência de suas colônias deixou uma marca profunda na cultura portuguesa. O fado, por exemplo, o estilo musical caracteristicamente melancólico, é, aparentemente, uma mistura das canções dos marinheiros portugueses com os ritmos dos escravos africanos. O samba, que se originou no Brasil a partir do encontro de elementos portugueses e africanos, também foi reimportado e popularizado em Portugal. Mas, como em muitas nações, cada região de Portugal tem suas próprias características culturais distintas.

O poeta renascentista Luís de Camões entrou para a história da literatura mundial e, no século XX, Portugal brilhou nas vozes do poeta Fernando Pessoa e do escritor José Saramago (Prêmio Nobel de Literatura de 1998). Craques como Cristiano Ronaldo, Nenê, Eusébio e Rui Costa levaram Portugal ao Olimpo do futebol.

Durante muito tempo, Portugal foi caracterizado como um país de migrantes: a diáspora portuguesa se estabeleceu em países como França, nos EUA, no Brasil, em Angola, em Moçambique, na Suíça, em Luxemburgo, entre outros países. Foram os imigrantes que popularizaram a gastronomia portuguesa em todo o mundo: caldo verde, sopa alentejana, bacalhau, pastel de nata, vinho do Porto.

Após o fim da ditadura, Portugal começou a se desenvolver como destino turístico e hoje é um dos países mais visitados do mundo. Os destinos mais populares são o Algarve e a região de Lisboa. Apesar de sua sociedade relativamente conservadora e católica, esse país tradicionalmente progressista tem se desenvolvido de forma liberal, o que se reflete em sua política de drogas e em sua legislação, que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo desde 2010. Portugal também está na vanguarda quando se trata de novas fontes de energia: mais de dois terços das necessidades energéticas do país são cobertas por fontes de energia renováveis. A meta é chegar a 2050 como um país sem pegada de carbono.